Rota das Laranjeiras

Rota das Laranjeiras

domingo, 9 de março de 2014

PR 6 SVV - Trilho dos Amiais

PR 23 - PDAMI

PR 6 - Trilho dos Amiais (Sever do Vouga)

Mapa           Mais informações
(obtidos na página oficial do Município)

Coordenadas GPS
N 40º 45,448'    W 8º 18,414'

Dados Pessoais
Tempo usado - 3,30 Horas (inclui contemplação, fotos e paleio, muito paleio)
Nível de dificuldade - Médio
Necessidades - Básicas
Sinalização - 4,5 em 5
As pessoas - Muito comunicativas e com vontade de ajudar. Nota-se que necessitam de tempo e atenção, sinais de isolamento.
Notas - É revoltante a falta de respeito das entidades oficiais pelo nosso interior.
Onde comer - Restaurante " O Júnior"

Quem por aqui passar a colher opinião ou simplesmente "deitar o olho", certamente ficará a pensar que não faço outra coisa senão dizer mal de tudo e mais alguma coisa. Até pode ser, mas tenho por principio não deixar de apontar as aberrações e muito especialmente atentados ambientais e falta de respeito que vou vendo um pouco por todo o lado.
Para quem esteja de frente para o enorme painel informativo onde se podem analisar os três percursos que aqui se iniciam, o inicio deste fica precisamente nas suas costas. Uma ruela do outro lado da estrada que nada tem que enganar, de resto sinalética não falta ao longo de todo o trajecto, quase dispensando o desdobrável, pode por isso ir à confiança. Uns metros adiante irá cortar à sua direita e embrenhar-se pelos campos fora, percorrer veredas e com facilidade chegar ao Couto de Baixo onde encontrará certamente gente simpática e com necessidade de conversar um pouco. No próximo aglomerado, Amiais irá deparar-se com a desolação que abaixo descrevo, não deixe no entanto de dar mais dois dedos de conversa com os locais que também precisam. Daí à Capela de S. Francisco é um pulo, bem como até Vilarinho, onde termina esta suave descida que o acompanhou desde o ponto de partida. Daí em diante conte com caminho sempre a subir, onde se poderá ver nalguns pontos o resultado dos recentes temporais com árvores derrubadas sobre o trilho, mas sem que tal nos transtorne a caminhada. Junto ao abandonado Moinho do Silva sinta a raiva de tanto kiwi mesmo ali à mão e não lhes poder chegar, mas sorria, já aconteceu aos que já lá vão e também irá acontecer a quem vem atrás de si. Daqui ao ponto de partida será um pulinho, mas um pulinho um  pouco mais penoso que o inicio deste circuito uma vez que será sempre a subir.
O tempo usado de 3,30 horas, quando o "recomendado" são duas, prende-se com vários factores, o primeiro é o de não andar nisto para bater recordes, seguindo o meu ritmo pessoal, o segundo o tempo gasto em contemplação e fotografia, e neste caso acrescento muito tempo "ganho" a conversar com os locais. Gente simples, desprezada e mal tratada por quem está nos centros de decisão.
Circuito de dificuldade média, sendo fácil na sua primeira metade uma vez que é tendencialmente a descer, complicando-se por alturas do lugar de Vilarinho onde passa a ser tendencialmente em ascensão.
Calçado de qualidade é sempre uma mais valia em qualquer percurso, bem como agasalhos em função da época.
Quanto à sinalética não dou a nota máxima por simples teimosia uma vez que está práticamente perfeita.
Desta vez encontrei muitos residentes que precisam de conversar com alguém. Tivéssemos disponibilidade e ainda a esta hora lá estaríamos a conversar certamente.
Residentes isolados pelo esquecimento e mal tratados quando alguém se lembra de, sabe-se lá com que interesses, de esventrar e destruir o pouco que estas regiões tem para oferecer, destruindo paisagem e habitat natural de imensas espécies, alterar cursos de rios, destruir floresta, e não satisfeitos desassossegar noite e dia quem já nem o sossego e paz do lugar onde vivem consegue ter. Pelos relatos, as máquinas que tem operado as obras, (pelo que se diz de uma represa em fase de construção no vale do lugar de Amiais) produzem ruído tal que nem descanso dão aos locais pois operam 24 horas por dia.
Resolvi desta vez almoçar num restaurante que fica junto ao ponto de partida. De seu nome "O Junior". Escolhi um cabrito assado em forno de lenha que estava uma delicia, acompanhado por verde da casa, arroz, grelos e café, tudo para dois. Ficou a brincadeira por 22,40 €, muito bem servido. De qualquer forma a próxima "incursão" deverá ficar-se pela "lata de atum", coisa bem mais em conta.
Uma palavra final para um grupo de Aveiro com quem nos cruzamos a meio percurso, bastante alegres por sinal. Aquele abraço. Tem sido raro encontrar outros grupos por aí.
Um percurso a não perder, as fotos são estas.
O cartaz informativo inicial

o inicio por esta rua

ali ao fundo corta-se à direita




o jovem "canito" com o seu jovem dono

Couto de Baixo



a Casa da Fonte




uma boa quantidade de casas reconstruídas existe por aqui



já na descida para o ainda Rio












a destruição do vale já se pode ver aqui




a Capela de S. Francisco

o interior da Capela


é deste rio que sai o célebre leite :)





uma das várias árvores sobre o trilho










mais algumas imagens da destruição da natureza




casa abandonada faz muito tempo, já pouco resta



é nesta encosta à direita que estão os tais kiwis, só que ninguém lhes chega
o moinho está praticamente em ruínas


mais uma travessia sobre o tal rio que dá leite :)

dentro em breve certamente deixará de ser refúgio, infelizmente
já foi adega (casa junto ao ponto de partida)
fotos tiradas em 09/03/2014

Sem comentários:

Enviar um comentário